Tuesday, February 26, 2008

Thursday, February 21, 2008

Se tivéssemos um negócio só nosso seria...

ESTE!



Uma pessoa vai a Faro e encontra aquele que podia ser o negócio da sua vida! Que belo snack bar! Nas mãos das verdadeiras Alminhas seria um sucesso! :)

Tuesday, February 19, 2008

Diz que choveu como o raio

As Alminhas- todas as três- acordaram- todas as três- às 4h30 com o disparate de chuva e trovoada de domingo. Cada uma no seu quartinho, com os lençóis até ao queixo, olhos esbugalhados e algum medo. Mas nenhuma se lembrou de procurar conforto no quarto ao lado, pelo que sofremos em silêncio, e sozinhas.
A mais medrosa é a Mariana. Aguerrida nas suas causas diárias, destemida e independente, pela-se de medo dos trovões. Não chora, mas tem vontade. Enfia a cabeça debaixo dos cobertores e canta muito alto. Mentira. Tem só medo.
A Maria é a mais prática: passou parte da noite a pensar o que iria salvar lá de casa quando as águas subissem ao segundo andar ou caso o prédio derrocasse. Deu tempo para planear uma saída rápida e com tudo o que fosse necessário à nossa sobrevivência- só não conseguiu decidir qual de nós chamava primeiro. Eu, mente mais tacanha, não pensei no caos geral, nas desgraças que efectivamente aconteceram. A minha atenção - enquanto chamava nomes feios à puta da chuva que não me deixava dormir- concentrou-se na varanda e na possibilidade desta encher qual piscina e a água entrar pelos quartos dentro. Nada disso aconteceu e meia hora depois já estávamos a dormir. No dia seguinte calcei as galochas (lindas, verdes, às florinhas) e fui desentupir o ralo da varanda. Não era uma piscina, mas era uma poça considerável. Os vasos, salvaram-se.

Friday, February 15, 2008

O vaso

Pois que parece que os vasos das Alminhas tendem a sofrer de impulsos suicidas. De vez em quando - zás- atiram-se janela abaixo, sem mais, nem porquê. O primeiro a iniciar o ciclo suicida, foi o saudoso Marquitos, o manjerico alentejano, que se baldou dois andares que mais parecem três, para o quintal da vizinha.
Ontem foi um vaso de barro, o que por si torna a cena toda mais preocupante, que se atirou para... o passeio. Para além de ter perdido uma flor tão linda, branquinha, comprada há tão pouco tempo, temo que o vaso tenha acertado em cheio na cabeça de alguém. Se assim for, a vizinhança é menina para se juntar e linchar as Alminhas sem dó nem piedade.
Quando cheguei a casa e dei por falta do dito vasinho, espreitei para baixo e só vi dois cacos, sozinhos, no meio do passeio. Alguém levou os restos mortais da minha Azélia (era este o nome dela), para, quiçá, recuperá-la. Espero que sim. Descansa em paz, florinha. Desculpe qualquer coisinha, pessoa-que-poderia-ir-a-passar-no-momento-em-que-o-vaso-se-matou. A culpa não foi nossa, mas pelo sim, pelo não, tirei os vasos do parapeito, não vamos querer repetir a brincadeira.

Monday, February 11, 2008

Sábado passado...




Parabéns ALMINHA MARIANA!!!!
Beijus das tuas alminhetes!

Thursday, February 07, 2008

A Padaria, o Pão e a Missa

Debaixo das Alminhas, há uma padaria. Não pensem os caros leitores que se trata de uma padaria gourmet, de pão quente, bem cheiroso e estaladiç, mesmo a pedir uma dentada. Nada disso. É um local antigo, frio, cujo pão não vale um cêntimo furado. Os bolos, esses, enfeitam, deprimentes, as prateleiras de vidro do estaminé.
Pela padaria já passaram três empregadas. De diferentes idades e aspectos, de diferentes batas e humores. De diferentes graus de coscuvlhice, também. Há, porém, uma coisa que têm em comum - e que orgulhosamente assumem. As malditas padeiras que não fazem pão, ouvem missa a toda a hora. Todo o santo dia o rádio transmite o som tenebroso de mil vozes a rezar, palavras secas, monossílabos assustadores, facilmente confundíveis com rituais satânicos. E é assim há quase dois anos, desde que tomámos as Alminhas como nossas. Padeiras vão, padeiras vêm, e a missa persiste. Que nosso senhor Jesus Cristo esteja connosco.